terça-feira, 26 de agosto de 2008
A GALERA DO BLOG!
Esse blog foi feito com o intuito de fazer um estudo aprofundado sobre as células, focado na sua composição e reações químicas.
Espero que gostem, e aprendam (pelo menos alguma coisa \o/) sobre esse mundo microscópico fascinante!!!
Aki vai o nome dos Idealizadores do Blog, o pessoal que fez isso aki andar:
» Bruna Souza da Silva (eu mesma xD)
» Yasmin Rodrigues
» Jéssica Souza
» Marluce Almeida
» Rair
» Umberto
» Jeferson
» Leone
Todas as idéias e instruções da parte temática do blog tiveram contribuição especial da professora Geane, de Biologia.
Nossa turma é a 1º ano 9
Queremos tirar 10 heim Professora?!?!?!? :p
Enjoy!!
A Química da Célula
No nosso primeiro post do blog, eu vou postar aqui pra vocês um resumo do que compõe a célula...
Sendo a célula a unidade morfofuncional da vida, representando um bem organizado complexo químico, em sua composição bioquímica algumas substâncias são essenciais, em quantidades apropriadas à manutenção e equilíbrio orgânico e inorgânico do metabolismo, com aproximadamente:
Substâncias Inorgânicas
Água (75 a 85%) → alguns tecidos e órgãos requerem um maior ou menor teor hídrico (nos ossos em média 33% e nos músculos 85%);
Sais minerais (1%) → para a estruturação corpórea humana são necessários cerca de 21 elementos (cálcio – Ca, ferro – Fe, magnésio – Mg, etc).
As Substâncias Orgânicas
Proteínas (10 a 15 %) → desempenhando função enzimática, imunitária (anticorpos) e endócrina (hormônios);
Carboidratos (1%) → substâncias com potencial energético (amido e glicogênio) e estrutural (celulose, quitina, ácido hialurônico);
Lipídios (2 a 3%) → glicerídeos, ceras, esteróides e carotenóides. Importantes componentes responsáveis pela regulação térmica, reserva energética, composição da membrana plasmática e precursores de hormônios sexuais;
Ácidos Nucléicos (1%) → molécula que rege todo o funcionamento celular, através das informações gênicas transmitidas hereditariamente (ácido desoxirribonucléico – DNA e ácido ribonucléico – RNA);
Vitaminas → classe heterogenia de moléculas, realizando ativação enzimática, acelerando as reações metabólicas.
Nos próximos posts vamos falar mais detalhadamente sobre cada substância que compõe a célula....
ÁGUA
A água é um dos compostos mais importantes, bem como o mais abundante, sendo vital para os organismos vivos. Fora da célula os nutrientes estão dissolvidos em água, que facilita a passagem através da membrana celular e , dentro da célula, é o meio onde ocorre a maioria das reações químicas.
Ela tem propriedades estruturais e químicas que a tornam adequada para o seu papel nas células vivas como:
-
A água é uma molécula polar, pois tem distribuição desigual das cargas, capaz de formar quatro pontes de hidrogênio com as moléculas de água vizinhas e por isso necessita de uma grande quantidade de calor para a separação das moléculas (100o C).
-
É um excelente meio de dissolução ou solvente
-
A polaridade facilita a separação e a recombinação dos íons de hidrogênio (H+) e íons hidróxido (OH-), é o reagente essencial nos processos digestivos , onde as moléculas maiores são degradadas em menores e faz parte de várias reações de síntese nos organismos vivos
-
As pontes de hidrogênio relativamente fortes a tornam um excelente tampão de temperatura.
Estrutura de uma molécula de água |
SAIS MINERAIS
Os sais minerais ocorrem sob diversas formas dissolvidos ou compondo estruturas e moléculas maiores. Alguns têm uma larga ocorrência, já outros aparecem em teores muito discretos. Estão entre as funções dos sais minerais:
ü ATIVAÇÃO DE ENZIMAS (co-fatores);
ü PROMOÇÃO DE EQUILÍBRIO OSMÓTICO;
ü PROMOÇÃO DO EQULIBRIO DE Ph;
ü FORMAÇÃO DE ESTRUTURAS ESQUELÉTICAS.
Vale lembrarmos sempre dos papéis desempenhados por determinados componentes dos sais minerais:
ü Ferro – HEMOGLOBINA, MIOGLOBINA e CITOCROMOS;
ü Zinco - ATIVADOR ENZIMÀTICO;
ü Magnésio -CLOROFILA;
ü Cálcio -CONTRAÇÃO MUSCULAR, OSSOS e COAGULAÇÃO SANGUÍNEA;
ü Sódio/Potássio - IMPULSO NERVOSO;
ü Cloro -EQUILÍBRIO OSMÓTICO.
FALANDO NISSO....
PROTEÍNAS
O transporte de oxigênio pela proteína hemoglobina.
As proteínas são macromoléculas orgânicas formadas pela seqüência de vários aminoácidos, unidos por ligações peptídicas (cadeia polipeptídica).
Desempenha diversas funções no organismo, sendo: estrutural, hormonal, enzimática, imunológico, nutritivo e transporte citoplasmático.
Dependendo da capacidade metabólica, alguns seres vivos, como por exemplo, os vegetais (seres autotróficos), conseguem sintetizar todos os polipeptídeos necessários ao equilibrado funcionamento do organismo. No entanto os animais (seres heterotróficos), requerem os nutrientes essenciais através de o hábito alimentar, suprindo as restrições metabólicas.
A seqüência de aminoácidos da proteína
Uma proteína pode conter milhares de aminoácidos, com seqüência destas unidades determinada pela informação genética contida no gene, um seguimento da molécula cromossômica. Portanto, todo o funcionamento de um organismo é conduzido pelo controle das moléculas de DNA.
A partir do DNA ocorrem as transcrições, com a fabricação de RNAs: transportadores, ribossômicos e mensageiros. Estes elementos, cada um com incumbência peculiar no auxílio do processo de tradução, proporcionam a produção de uma ou várias proteínas.
Portanto, as proteínas sintetizadas possuem características próprias, desempenhando funções específicas no organismo. Qualquer anormalidade genética, transcricional ou traducional (mutações ou eventuais erros), incidem diretamente sobre a proteína, comprometendo a forma e o funcionamento desta.
Problemas assim podem ser desencadeados por três formas: deleção de um aminoácido decorrente de uma síndrome genética transmitida ao mecanismo de transcrição; ou uma simples troca de aminoácidos (substituição errônea), pela colocação de outro aminoácido que não deveria ser introduzido em tal posição na cadeia peptídica; ou pela inversão da posição modificando a ordem seqüencial dos aminoácidos, as duas últimas relacionadas à transcrição ou também tradução. Essas alterações normalmente podem resultar na inativação da proteína.
A estrutura das proteínas
A seqüência dos aminoácidos em uma proteína representa a estrutura primária, responsável pelas propriedades da molécula.
Em decorrência à existência de pontes de hidrogênio entre o hidrogênio (carga positiva +) de um aminoácido com o oxigênio ou nitrogênio (carga negativa -) de um outro aminoácido não adjacente, é proporcionada uma torção na cadeia filamentosa, assumindo a proteína uma forma de helicoidal.
Uma proteína não apresenta necessariamente aspecto linear helicoidal. As propriedades químicas dos aminoácidos podem ter efeitos de atração ou repulsão uns para com os outros, principalmente pelo estabelecimento de pontes bissulfeto (ligação envolvendo dois átomos de enxofre de aminoácidos cisteina), causando flexões (dobras) sobre si mesma, chamada de estrutura terciária.
O agrupamento de duas ou mais estruturas terciárias combinadas a outras substâncias, vitaminas ou minerais: ferro, magnésio, iodo, forma a estrutura quaternária. Configuração espacial observada na molécula de hemoglobina, proteína conjugada a íon ferro, compondo os glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos do sangue), permitindo o transporte de oxigênio.
FALANDO NISSO....
Enjoy!!!! (divirta-se) =D
(ufa... parecia que o vídeo não tinha fim....)
AMINOÁCIDOS
Os aminoácidos, também denominados de peptídeos, representam a menor unidade elementar na constituição de uma proteína. Estruturalmente são formados por um grupamento carboxila (COOH), um grupamento amina (NH2) e radical que determina um dos vinte tipos de aminoácidos.
Podem ser classificados seguindo dois princípios: pelas propriedades funcionais dos radicais, classificação mais geral; ou pela necessidade de cada organismo, classificação específica ao hábito nutricional conforme a espécie.
1) Pela propriedade funcional → por este critério são diferenciados em apolares (valina, alanina, leucina, triptofano, glicina, isoleucina, fenilalanina, metionina e prolina), polares (serina, tirosina, cisteina, glutamina, treonina e asparagina) e os tipos que acumulam carga positiva ou negativa (ácido aspártico, lisina, arginina, histidina e ácido glutâmico).
2) Pela necessidade nutricional → É variável de espécie para espécie, obedecendo a capacidade que cada um possui de sintetizar os aminoácidos ou adquiri-los através da alimentação.
Para os seres humanos, são subdivididos em aminoácidos essenciais, aqueles que o metabolismo não consegue produzir, e somente pela ingestão de alimentos conseguimos suprir sua carência; e aminoácidos não essenciais, sintetizados pelo organismo a partir de outros.
A formação de uma proteína:
O encadeamento dos aminoácidos se estabelece por meio de ligações peptídicas, mantidas entre o grupo carbonila de um aminoácido e o grupo amina de seu adjacente. À medida que o RNAr (ribossomo) percorre o filamento de RNAm (mensageiro), e realiza a leitura dos códons, acrescentando gradativamente os aminoácidos transportados pelo RNAt (transportador) na cadeia polipeptídica, vai então surgindo uma proteína.
A seqüência dos aminoácidos na proteína determina a forma da mesma e, conseqüentemente, a sua função, ou seja, para o bom funcionamento orgânico é necessário um coordenado e eficiente processo de tradução.
Um único erro durante a síntese protéica pode acarretar disfunções ou deficiências ao organismo, como é o caso da anemia falciforme (hemácias em forma de foice) devido à substituição de um aminoácido, o ácido glutâmico por uma valina.
CARBOIDRATOS
Os carboidratos, moléculas orgânicas constituídas por carbono, hidrogênio e oxigênio, são as principais substâncias produzidas nas plantas durante o processo de fotossíntese. De modo geral, são utilizados pelas células como combustível. Os carboidratos mais simples são os monossacarídeos. Oligossacarídeos e polissacarídeos são moléculas maiores constituídas pela reunião de vários monossacarídeos.
Monossacarídeos
Os monossacarídeos têm normalmente a fórmula Cn(H2O)n, onde n geralmente varia de 3 a 7. Assim, nos monossacarídeos existe a proporção de um carbono para dois hidrogênio e para um oxigênio. Eles são classificados de acordo com o número de átomos de carbono.
n = 3 Trioses | n = 4 Tetroses | n = 5 Pentoses | n = 6 Hexoses | n = 7 Heptoses |
Os monossacarídeos mais freqüentes nos organismos são as pentoses (5C) e as hexoses (6C).
Os oligossacarídeos e os polissacarídeos
Os oligossacarídeos são moléculas constituídas pela reunião de dois a dez monossacarídeos. Os monossacarídeos unem-se por uma reação em que ocorre a saída de uma molécula de água por ligação (desidratação).
Os oligossacarídeos mais importantes são dissacarídeos, como a sacarose (açúcar comum), a lactose (açúcar do leite) e a maltose (açúcar do malte).
Os polissacarídeos são moléculas enormes, às vezes ramificadas, constituídas por numerosos monossacarídeos. Exemplos mais freqüentes são o amido, o glicogênio e a celulose.
Quando um animal ingere dissacarídeos ou polissacarídeos, seu tubo digestivo tem a tarefa de transformá-lo em monossacarídeos. Caso não ocorra esta conversão, a absorção pela parede do tubo digestivo não se efetua. Esta "quebra" das moléculas é chamada hidrólise, porque se faz por adição de moléculas de água. Da mesma forma que a saída de moléculas de água liga monossacarídeos uns aos outros, a adição de água "desliga" os monossacarídeos que constituem uma molécula grande. No tubo digestivo dos animais, substâncias especiais, as enzimas digestivas, apressam a hidrólise das substâncias ingeridas.
FALANDO NISSO....
Eu sei o quanto você é ocupado, mas assite ai (implorando), não vai demorar nem 5 minutinhos!
xD
LIPÍDIOS
Lípidios: insolúveis em solventes polares e solúveis em solventes orgânicos.
Os lipídios são compostos com estrutura molecular variada, apresentando diversas funções orgânicas: reserva energética (fonte de energia para os animais hibernantes), isolante térmico (mamíferos), além de colaborar na composição da membrana plasmática das células (os fosfolipídios).
São substâncias cuja característica principal é a insolubilidade em solventes polares e a solubilidade em solventes orgânicos (apolares), apresentando natureza hidrofóbica, ou seja, aversão à molécula de água.
Essa característica é de fundamental importância, mesmo o organismo possuindo considerável concentração hídrica. Isso porque a insolubilidade permite uma interface mantida entre o meio intra e extracelular.
Os lipídios podem ser classificados em óleos (substâncias insaturadas) e gorduras (substâncias saturadas), encontrados nos alimentos, tanto de origem vegetal quanto animal, por exemplo: nas frutas (abacate e coco), na soja, na carne, no leite e seus derivados e também na gema de ovo.
Em geral, todos os seres vivos são capazes de sintetizar lipídios, no entanto algumas classes só podem ser sintetizadas por vegetais, como é o caso das vitaminas lipossolúveis e dos ácidos graxos essenciais.
A formação molecular mais comum dos lipídeos, constituindo os alimentos é estabelecida através do arranjo pela união de um glicerol (álcool) ligada a três cadeias carbônicas longas de ácido graxo.
Dentre os lipídeos, recebem destaque os fosfolipídios, os glicerídeos, os esteróides e os cerídeos.
Cerídeos → classificados como lipídios simples, são encontrados na cera produzida pelas abelhas (construção da colméia), na superfície das folhas (cera de carnaúba) e dos frutos (a manga). Exerce função de impermeabilização e proteção.
Fosfolipídios → moléculas anfipáticas, isto é, possui uma região polar (cabeça hidrofílica), tendo afinidade por água, e outra região apolar (calda hidrofóbica), que repele a água.
Glicerídeos → podem ser sólidos (gorduras) ou líquidos (óleos) à temperatura ambiente.
Esteróides → formados por longas cadeias carbônicas dispostas em quatro anéis ligados entre si. São amplamente distribuídos nos organismos vivos constituindo os hormônios sexuais, a vitamina D e os esteróis (colesterol).
FALANDO NISSO....
Até que ficou bem feitinho ^^
ÁCIDOS, BASES E SAIS
Quando substâncias dissolvem-se na água e liberam íons hidrogênio (H+) e íons negativos (ânions) são denominados ácidos. Uma base se dissocia em íons positivos (cátions) ou íons hidróxido (OH-). E, um sal é uma substância que na água dissocia-se em cátions e ânions nenhum dos quais é o H+ ou OH-.
As reações bioquímicas são extremamente sensíveis a alterações na acidez ou alcalinidade dos ambientes em que ocorrem por isso, é conveniente medir a quantidade de H+ em uma solução.
A concentração de H+ é expressa por uma escala logarítmica de pH, que varia de 0 a 14 (esquema abaixo). Quando a solução contém mais H+ que OH-, possuem um pH inferior a 7. se uma solução tem mais OH- que H+, o pH é maior que 7 e a solução é básica ou alcalina. E quando os níveis são iguais, a solução é neutra.
ÁCIDOS NUCLÉICOS
Os ácidos nucléicos são macromoléculas de natureza química, formadas por nucleotídeos, grupamento fosfórico (fosfato), glicídio (monossacarídeo / pentoses) e uma base nitrogenada, compondo o material genético contido nas células de todos os seres vivos.
Presentes no núcleo dos eucariotos e dispersos no hialoplasma dos procariotos, os ácidos nucléicos podem ser de dois tipos: ácido desoxirribonucléico (DNA) e ácido ribonucléico (RNA), ambos relacionados ao mecanismo de controle metabólico celular (funcionamento da célula) e transmissão hereditária das características.
As diferenças entre os ácidos nucléicos:
Além do peso molecular, relativa à quantidade de nucleotídeos (tamanho da molécula), existem outras diferenças estruturais, como por exemplo:
• A diferença das bases nitrogenadas: púricas e pirimídicas
No DNA → Purinas (adenina e guanina) e Pirimidinas (timina e citosina)
No RNA → Purinas (adenina e guanina) e Pirimidinas (uracila e citosina)
• A essencial disposição (a seqüência) dos nucleotídeos, implicando na diferença mantida entre os genes no filamento de DNA e dos códons e anti-cóndons no filamento de RNA;
• A conformação linear ou circular dos filamentos;
• E a duplicidade complementar (fita dupla) observada no DNA, diferenciada da unicidade (fita única / simples) do RNA.
VITAMINAS
A essencial função das vitaminas
As vitaminas não constituem um grupo molecular específico, mas qualquer substância orgânica em quantidades suficientes às necessidades de um organismo. Formando, portanto, um grupo de substâncias heterogêneas com origens distintas.
Algumas podem atuar como co-fatores na ativação de reações enzimáticas, sendo muito importantes para o equilíbrio homeostático. Sua ausência acarreta deficiências irreversíveis: insuficiência cardíaca e distúrbio mental (carência de vitamina B1), distúrbios nervosos (carência de vitamina B2), raquitismo (carência de vitamina D), anemia e esterilidade (carência de vitamina E), ausência ou dificuldade de coagulação sangüínea (carência de vitamina K) e problemas de visão, xeroftalmia (carência de vitamina A).
Para o bom funcionamento do corpo, prevenindo numerosas doenças, é necessário adquirir esses nutrientes por meio da alimentação. Assim, a falta de vitaminas, um estado de avitaminose, pode ser prejudicial. Como também a ingestão demasiada, estado de hipervitaminose, não é recomendada. Uma alimentação variada complementa a demanda orgânica diária de vitaminas.
As vitaminas são classificadas em dois grupos, de acordo com a solubilidade:
Vitaminas hidrossolúveis: quando solúveis em água, por exemplo, as vitaminas do complexo B e vitamina C. O fato da não acumulação dessas vitaminas no organismo, conseqüente eliminação na urina, requer ingestão diária para reposição contínua.
Vitaminas lipossolúveis: quando solúveis em lipídios, sendo acumuladas e absorvidas em conjunto com as gorduras. São exemplos de vitaminas lipossolúveis: D, E, K e A.
Um interessante aspecto envolvendo esses nutrientes ocorreu no período das grandes navegações, quando perceberam que doenças específicas, escorbuto e beribéri, estavam acometendo os marinheiros e tripulantes.
A alimentação inadequada dos marinheiros, dieta baseada em biscoitos e carne salgada, carente em frutas e legumes, provocava sintomas específicos: fraqueza, hemorragias nasais, desatenção e até a morte. Quando em terra firme, retornando os hábitos alimentares, os sintomas desapareciam.
Por esse problema, a Marinha Inglesa, chegou a instituir uma lei determinando a inclusão de frutas (laranja e limão) e verduras na dieta alimentar dos marinheiros.
Apesar de precisarem ser consumidas em pequenas quantidades, se houver deficiência de algumas vitaminas, essas podem provocar doenças específicas, como: beribéri, escorbuto, raquitismo e xeroftalmia.
§ CURIOSIDADES §
ORGANELAS
» Mitocôndrias
» Reticulo endoplasmático rugoso
» Reticulo endoplasmático liso
» Aparelho de Golgi
» Ribossomos
» Lisossomos
» Peroxissomos
» Vesículas revestidas por membrana
» Microtúbulos
» Centríolos
» Microfilamentos
MITOCÔNDRIA
A mitocôndria é uma das mais importantes organelas celulares, sendo importante para respiração celular. É abastecida pela célula que a hospeda por substâncias orgânicas como oxigênio e glicose , as quais processa e converte em energia na forma de ATP , e fornece para a célula hospedeira. Tendo como função a liberação de energia, a mitocôndria se faz excessivamente presente em células do sistema nervoso e no coração, uma vez que estes apresentam uma demanda maior de energia.
Funções da Mitocôndria
» Produção de Energia;
» Respiração Celular através do Ciclo de Krebs e da Cadeia Respiratória.
As mitocôndrias parecem um amendoím, tendo dentro de si uma membrana altamente pragueada (dobrada) formando o que chamamos de cristas mitocondriais. Entre as cristas existe um líquido chamado de matriz.
RIBOSSOMO
Os ribossomos são produzidos a partir de duas subunidades de grandeza e densidades distintas. Ao serem submetidos à técnica de centrifugação fragmentada fazem com que as subunidades sejam acumuladas em distintas velocidades.
É nos ribossomos que se desenvolve a sistematização das proteínas entre a junção dos aminoácidos. Esse processo é direcionado pelo RNA formado no núcleo da célula, com o direcionamento do DNA. Apresenta-se em um conjunto de ribossomos denominados de polirribossomos ou polissoma, o RNA direciona o seguimento dos aminoácidos da proteína.
Existem ribossomos que estão isolados no citoplasma, outros estão inseridos no retículo endoplasmático rugoso. Os primeiros compendiam proteínas que vão ser utilizadas no citosol, nos segundos as proteínas serão expelidas no próprio retículo, logo após são utilizadas em demais compartimentos da célula ou levadas para o exterior da célula.
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
O retículo endoplasmático é um aglomerado de membranas que evolvem cavidades de várias formas. Tais cavidades ficam separadas do citosol pela membrana e no seu interior ocorrem a síntese e o transporte de várias substâncias. As membranas constituem às vezes túbulos, e outras vezes sacos achatados. São conhecidos dois tipos de retículos: O retículo endoplasmático liso e o retículo endoplasmático rugoso.
Retículo Endoplasmático Rugoso (RER)
Também denominado de gastoplasma, é formado por cavidades achatadas com vários ribossomos na parte externa da membrana, ou seja, na parte em contato com o citoplasma. A presença dos ribossomos dá característica enrugada à membrana quando observada ao microscópio. As proteínas produzidas pelos ribossomos do retículo rugoso são lançadas na cavidade do retículo e envolvidas por pedaços de membrana, formando pequenos “pacotes” ou vesículas cheias de proteína. Esses pequenos “pacotes” são enviados para o complexo golgiense, de onde podem ser secretadas, ou seja, lançadas para fora da célula. Dessa forma defini-se que o retículo endoplasmático rugoso produz proteínas para exportação. Porém o retículo rugoso também produz proteínas que, depois de chegarem ao complexo golgiense, serão transferidas para a membrana plasmática ou para outra organela do sistema de endomembranas. Dessa forma, o retículo endoplasmático rugoso também produz proteínas que formam membranas.
Retículo Endoplasmático Liso (REL)
Constituí cavidades em forma de tubos e não possui ribossomos aderidos às suas membranas, portanto, não atua na síntese de proteínas. Porém em poucas cavidades há enzimas que sintetizam diversos tipos de lipídios, como os da membrana plasmática e os esteróides (que formam, por exemplo, os hormônios sexuais). Existem também enzimas responsáveis por uma desintoxicação do organismo, enzimas que transportam alguns medicamentos, álcool e outras substâncias tóxicas em produtos menos tóxicos e de excreção mais simples. Tal processo é realizado no fígado, na pele, nos rins e nos pulmões. Nos músculos, o retículo endoplasmático liso (conhecido como retículo sarcoplasmático) também é muito desenvolvido e serve de reservatório de íons, cálcio necessário ao mecanismo de contração.
APARELHO DE GOLGI
Ao cortar uma célula nervos com nitrato de prata, o médico italiano Camilo Golgi em 1898, observou que o metal se depositava em certas regiões da célula, evidenciando uma estrutura em forma de rede, que foi chamada aparelho ou complexo de Golgi; atualmente, pela nova nomenclatura, complexo golgiense. Após o desenvolvimento do microscópio eletrônico foi possível observar que essa organela é formada por uma pilha de sacos achatados e pequenas vesículas esféricas.
Secreção de Proteínas
O complexo golgiense recebe proteínas e lipídios do retículo endoplasmático e os concentra em pequenos sacos ou vesículas que podem ser levados para outras organelas, para a membrana plasmática ou para fora da célula, conforme o tipo de proteína. A função de secretar e “empacotar” proteínas explica por que o complexo golgiense é bem desenvolvido em células glandulares. No processo de secreção da proteína observa-se que o aminoácido é, primeiramente, incorporado às moléculas de proteínas no retículo endoplasmático, depois no complexo golgiense e, por fim, eliminado pela célula em pequenos “pacotes” de enzimas, os grânulos de zimogênio.
A divisão celular e o complexo golgiense
Em células vegetais, o complexo golgiense exerce uma função adicional: durante a divisão da célula, produz vesículas que se fundem e formam uma nova membrana plasmática entre as duas células-filhas. Origina também glicídios que formarão a lamela média e glicídios.
A formação de espermatozóide e o complexo golgiense
O acrossoma, uma vesícula presente no espermatozóide e rica em enzimas que facilitam a penetração desse gameta no óvulo, é produzido a partir do complexo golgiense da espermátide, célula que dá origem ao espermatozóide.
LISOSSOMOS
Os lisossomos podem ser secundários ou primários, consoante contêm ou não produtos de degradação. Possuem um halo sem conteúdo visível ao microscópio electrónico entre a membrana e o seu interior. Este halo poderá ser devido à presença de oligossacarídeos que poderão proteger a membrana lisossomal de auto-degradação.
Os lisosomos estão envolvidos em processos de autofagia e heterofagia. A formação dos autolisossomas inicia-se quando uma porção de RE envolve um organelo que deve ser destruído, formando uma vesícula em seu redor. Esta vesícula é posteriormente acidificada e funde-se depois com um sisossoma primário, que inicia a degradação. Na heterofagia, os lisossomas fundem-se com endossomas (provenientes da endocitose) ou fagossomas (provenientes da fagocitose).
Algumas células são capazes de exocitar lisossomos para destruir componentes extracelulares, p. ex. na formação de tecido ósseo, em que é necessário eliminar primeiro as células ósseas antigas.
MICROTÚBULOS
Microtúbulos são estruturas protéicas que fazem parte do citoesqueleto nas células. São filamentos com diâmetro de, aproximadamente, 24 nm e comprimentos variados, de vários micra até alguns milímetros nos axônios das células nervosas.
Os microtúbulos são cilíndricos, ocos e estão em constante reorganização crescendo em uma extremidade graças à polimerização local dos dímeros de tubulina, e diminuindo na outra extremidade graças à despolimerização local. A extremidade que cresce é denominada extremidade mais (+) e a outra é a extremidade menos (-). Os processos de encurtamento e alongamento dos microtúbulos são devidos a um desequílibrio entre polimerização e despolimerização.
Cada microtúbulo é formado pela associação de dímeros protéicos que se arrumam em hélice. Os dímeros são constituídos por duas cadeias polipeptídicas de estruturas semelhantes, mas não iguais, chamadas tubulinas alfa e beta, que formam um dímero, uma molécula dimérica denominada de tubulina. Em corte transversal ao microtúbulo, sua parte mostra-se constituída por um anel com 13 dímeros. As fileiras dos grânulos na seção longitudinal são chamadas protofilamentos.
Os microtúbulos são encontrados com frequência no citoplasma de todas as células, o estudo de suas funções tem mostrado que eles participam da movimentação de cílios e flagelos, transporte intracelular de partículas, deslocamento dos cromossomos na mitose, estabelecimento e manutenção da forma das células.
Associado aos microtúbulos estão as proteínas motoras como as dineínas e as quinesinas
Essas proteínas transportam cargas pelos microtúbulos utilizando-os como trilhos para deslizarem-se, destacando o transporte ordenado realizado por estas proteínas, sendo que a dineína sempre caminha para a extremidade "menos" do microtúbulo e a quinesina, ao contrário caminha no sentido "mais " do microtúbulo..
§ CURIOSIDADES §
» A vida média da mitocôndria é de 10 dias.
»Nas células musculares estriadas o REL é chamado de retículo sarcoplasmático.
» A mitocôndria e a membrana celular são os primeiros a determinar se a lesão celular é reversível ou irreversível.
» Poliribossomos são grupos de ribossomos unidos por mRNA.
» As enzimas lisossômicas são capazes de degradar a maioria das proteínas e carboidratos, mas alguns lipídios permanecem não digeridos.
» O REL é formado a partir do RER pela simples perda dos ribossomos aderidos.
SÍNTESE PROTÉICA
Enquanto a síntese de RNA chama-se transcrição, a fabricação ou síntese de proteínas chama-se tradução gênica. A tradução complementa-se com o auxílio da transcrição, pois é através desse processo que o DNA transcreve suas seqüências genéticas para o RNA. É importante observarmos a essencial participação dos tipos de RNA no processo de fabricação de proteínas. O RNAt possui uma trinca de bases em sua estrutura, denominada anticódon. Essa trinca de bases representa o aminoácido que será transportado. Exemplificando: se a trinca de bases for ACA, o RNAt transporta o aminoácido cisteína; se for TGC, transporta o aminoácido treonina. O RNAm possui trincas de nucleotídeos, que organizam a seqüência de aminoácidos que formarão uma determinada proteína. Essa trinca de nucleotídeos, presente no RNAm, é chamada de códon.
A síntese de proteínas ocorre nos ribossomos e tem início quando as moléculas de RNAm se unem a eles. Os ribossomos apresentam três sítios: o sítio P (sítio de polipeptídios), o sítio A (sítio de aminoácidos) e o sítio E (sítio de saída). No sítio P e no sítio A ficam armazenados os dois primeiros códons do RNAm. O RNAt, transportando aminoácidos, será encaixado nesses sítios, sendo que o primeiro RNA instala-se no sítio P, e o segundo, no sítio A. O encaixe do RNAt nesses sítios só ocorrerá se o anticódon do RNAt corresponder-se com o códon do RNAm. Em seguida, ocorre a união do aminoácido do sítio A com o do sítio P (ligação peptídica), formando um dipeptídio, com o auxílio de enzimas presentes nos ribossomos. Após essa ligação, o RNAt do sítio P é liberado pelo sítio E para realizar o transporte de outro aminoácido. No sítio A, fica o dipeptídio, ligado ao seu respectivo RNAt. Depois, surge o terceiro códon do RNAm em função do deslocamento do ribossomo. Como conseqüência, o sítio A fica vazio, apenas com esse terceiro códon, esperando o terceiro aminoácido que será transportado pelo RNAt. Ao mesmo tempo, o sítio P fica ocupado pelo dipeptídio unido ao RNAt. Quando o terceiro aminoácido chega, ocorre uma nova ligação peptídica entre ele e o dipeptídio do sítio P, formando um tripeptídio. De novo, o sítio A fica vazio, esperando a chegada de um novo aminoácido. O mesmo processo se repete inúmeras vezes, e a proteína vai sendo formada em decorrência da adição de aminoácidos à cadeia polipeptídica. Quando o códon presente no ribossomo não se corresponder com o anticódon do RNAt, a síntese protéica chega ao fim. Assim, a proteína formada desprende-se do RNAt do sítio P e depois do ribossomo, destinando-se para a exportação ou para o uso interno da célula.
FALANDO NISSO....
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FOTOSSÍNTESE
A fotossíntese significa etimologicamente síntese pela luz. Excetuando as formas de energia nuclear, todas as outras formas de energia utilizadas pelo homem moderno provêem do sol. A fotossíntese pode ser considerada como um dos processos biológicos mais importantes na Terra. Por liberar oxigênio e consumir dióxido de carbono, a fotossíntese transformou o mundo no ambiente habitável que conhecemos hoje. De uma forma direta ou indireta, a fotossíntese supre todas as nossas necessidades alimentares e nos fornece um sem-número de fibras e materiais de construção. A energia armazenada no petróleo, gás natural, carvão e lenha, que são utilizados como combustíveis em várias partes do mundo, vieram a partir do sol via fotossíntese. Assim sendo, a pesquisa científica da fotossíntese possui uma importância vital. Se pudermos entender e controlar o processo fotossintético, nós saberemos como aumentar a produtividade de alimentos, fibras, madeira e combustível, além de aproveitar melhor as áreas cultiváveis. Os segredos da coleta de energia pelas plantas podem ser adaptados aos sistemas humanos para fornecer modos eficientes de aproveitamento da energia solar. Essas mesmas tecnologias podem auxiliar-nos a desenvolver novos computadores mais rápidos e compactos, ou ainda, a desenvolver novos medicamentos. Uma vez que a fotossíntese afeta a composição atmosférica, o seu entendimento é essencial para compreendermos como o ciclo do CO2 e outros gases, que causam o efeito estufa, afetam o clima global do planeta. Veremos logo abaixo como a pesquisa científica em fotossíntese é importante para a manutenção e elevação da nossa qualidade de vida.